DESPEDIDAS

Ontem o meu dia foi marcado por isso mesmo… Despedidas. Confesso que é para mim difícil falar deste assunto sem me tornar um pouco sentimental. Não gosto de despedidas, prefiro pensar que um dia nestes, quando menos esperar, vou-me cruzar com “aquela” pessoa na rua. Cada despedida leva um pedaço de mim. Sinto como se me tivessem a arrancar pedaços daquilo que faz de mim o que sou… Ontem senti isso mesmo… Senti pouca gente ir mas um buraco enorme a ficar. Senti que quem eu via partir, sem sequer me despedir, partia por tempo indeterminado. São momentos destes que me relembram o quão efémeras as coisas são, o quão curta a vida é. De algum modo isto fez-me parar para pensar. Pensar nas vezes que não fui justa ou paciente, não fui altruísta ou meiga o suficiente para com as pessoas que realmente significam algo para mim. Saberão elas o quão importantes são para mim? Saberão elas o quanto lhes amo? Porque não falei? Porque não lhes disse o quanto me completam e me fazem feliz? O quanto fazem valer a pena cada dia que passo com elas?

Sou daquelas pessoas que muito raramente mostra o que realmente sente, mas faço-o, para garantir que a pessoa do outro lado ouviu-o de mim, pelo menos uma vez. São muitos os meus amores, mas são poucos a quem devoto o meu verdadeiro eu. É uma troca de privilégios de ambas as partes, elas conhecem-me como ninguém, e eu tenho o prazer de conhecer pessoas excepcionais! A todas essas pessoas (sabem elas quem são) um grande abraço de um muito obrigado! E que as nossas despedidas nunca se traduzam num para sempre…